A tecnologia nos proporcionou coisas fantásticas, nos últimos anos, mas também muitos problemas. Alguns deles geram debates acalorados no mundo todo. É fato que a tecnologia influência nossas vidas e ver a colega postando a janta maravilhosa e a festa cheia de amigos, nos faz querer experimentar isso. Se a Revolução Tecnológica traz felicidade ou bem-estar às pessoas, só a ciência pode dizer. Os pesquisadores já estão se perguntado sobre isso e há preocupações, profundas, sobre a ilusão dos usuários com o ambiente online, o nível de estresse da população, a probabilidade de cometer suicídio por conta das interações na rede, o mau desempenho no trabalho, a falta de capacidade em se concentrar, a sobrecarga de informações e a interferência da tecnologia na felicidade de modo geral… Ufa! Hoje, vamos focar na seguinte pergunta: A tecnologia afeta o bem-estar e a felicidade das pessoas?Difícil responder, pois, cada pessoa se sente feliz por questões bem particulares. Afinal, ser feliz é algo individual e intransferível. Mas fatos como a interação contante na internet, estar hiperconectado, ter milhões de “amigos” e compartilhamentos nas redes sociais são ações tão comuns hoje em dia, que distorcem o conceito de felicidade. Vamos fazer um experimento rápido. Abra seu Instagram um minutinho. Dê uma boa olhada no seu feed e tente descrever o que vê. As pessoas por lá parecem extremamente maravilhadas com a vida, não é? Pode ser até a melhor definição de felicidade possível. Dá até uma invejinha. O que a ciência diz sobre a felicidade?O senso comum a gente já sabe, né? É ter saúde, dinheiro suficiente para se manter e amor. Para os pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, o importante para nos mantermos felizes e saudáveis é a qualidade dos nossos relacionamentos. Eles entendem do assunto, afinal, querendo desvendar os mistérios da felicidade, desde 1938, estudam o tema com a pesquisa Harvard Study of Adult Development. Começaram analisando 700 homens com o objetivo de acompanhar toda a vida deles. Hoje, já contam com mais de mil homens e mulheres, incluindo filhos dos participantes originais. Já chegaram à algumas conclusões: É impossível ser feliz em todos os momentos da vida e ter muito dinheiro não garante nada.Mas, de um modo geral, as pessoas permanecem felizes quando estão satisfeitas com seus relacionamentos, sempre conectadas ao outro. Era da informação e felicidadeNunca sofremos tanta pressão para ser feliz. E nem precisa daquele almoço de família com a tia perguntando: “Cadê os namoradinhos?”. A pressão vem das telas do computador, do smartphone e até da TV. De uns tempos pra cá, as pessoas se tornaram especialistas em provar que suas vidas são bem sucedidas. Ser feliz é obrigação e ver aquela foto de comercial de margarina no Facebook ou a família linda e perfeita daquela atriz dando entrevista na televisão, não ajuda em nada. Fica todo mundo se esforçando para fazer a melhor foto, estar nos melhores lugares e mostrar felicidades aos amigos. Os que não conseguem, sofrem e se sentem diminuídos. Aí está o problema, ser feliz se tornou um peso difícil demais de carregar. Viver conectado e à espreita dos acontecimentos alheios é uma realidade brasileira. Somos o terceiro no ranking de países que mais usam a internet. Por aqui gastamos, em média, 9 horas diárias navegando na internet. Três horas apenas nas redes sociais. A tecnologia é boa ou ruim para a sociedade?Os debates são acalorados sobre o tema. Pesquisas recentes do departamento de tecnologia e internet da Pew Research Center, nos Estados Unidos, revelam que os internautas americanos acham que o papel da tecnologia é positivo para a sociedade. Para 88% dos entrevistados, a internet é uma coisa boa. Essas pessoas fortaleceram relacionamentos através do uso da internet e até tem grupos para ajudar alguém ou uma comunidade, na rede. Mas para os 12% que discordam, há razões importantíssimas para acreditar que ela é ruim. Um quarto acredita que a internet isola as pessoas umas das outras e ainda encoraja a perder muito tempo usando dispositivos. Para 16% dos que afirmam que a internet é uma coisa ruim, a disseminação de notícias faltas e outros tipos de informações desse tipo, também são prejudiciais. Já 14% deles, se preocupam com o impacto da internet na vida das crianças e 13% argumentam que ela encoraja atividades ilegais. Poucos (5%) têm medo que usem seus dados sem autorização. Tentando desvendar o futuro da internet na próxima década, a Pew Research Center, a partir de respostas de 1.150 acadêmicos, especialistas em saúde e tecnologia – numa pesquisa online – identificou alguns dos benefícios e malefícios que a tecnologia proporciona as pessoas: Os benefícios da tecnologia
Os malefícios da tecnologia
Depressão e redes sociaisUma pesquisa da Universidade de Pittsburgh identificou que existe uma forte relação entre experiências negativas nas redes sociais e sintomas depressivos. Eles ouviram 1.179 estudantes, com idade entre 18 e 30 anos, da West Virginia University. Já em 2015, os dinamarqueses identificaram que o Facebook influenciava a vida das pessoas de forma negativa. Aqueles que se distanciaram da rede social, por uma semana, se consideravam mais felizes. O estudo, que acompanhou 1.095 pessoas, diz que a rede social causa males como falta de concentração e vida social pouco ativa. Nove em cada dez, usam o Facebook como parte da rotina, 69% preferem postar fotos das grandes coisas que experimentam e 61% postam coisas boas. O uso da internet funciona como uma droga, quanto mais você permanece conectado, mais tempo quer passar online. Não importa o dispositivo.Em 2017, uma instituição de saúde pública do Reino Unido comprovou, as redes sociais são mais viciantes que cigarro ou bebidas alcoólicas. Para a Royal Society for Public Health, o Instagram é a mais prejudicial para a mente dos jovens entre 14 e 24 anos. O estudo identificou que o compartilhamento de fotos no Instagram impacta de forma negativa o sono e a autoimagem dos entrevistados. Além disso, aumenta o medo de ficar fora dos acontecimentos e tendências. Os avaliados se mostraram ansiosos, sem sono, com autoestima baixa e deprimidos. Não surpreende que as taxas de ansiedade e depressão nessa parcela da população aumentaram 70% nos últimos 25 anos. E o que o futuro nos reserva?Ainda há esperança. A tecnologia não é um monstro que precisa ser combatido. A Era Digital continuará a se expandir trazendo muitas oportunidades na próxima década. Cientistas afirmam que a tecnologia produzirá mais ajuda do que prejuízo às pessoas, em dez anos. Mesmo assim, três em cada dez pesquisadores, especialistas em tecnologia e saúde da Pew Research Center, são céticos e apostam que a tecnologia será, em grande parte, prejudicial à saúde, à aptidão mental e à felicidade das pessoas. Apesar de acreditarem que a tecnologia prejudica a felicidade e o bem-estar, os especialistas sabem que também melhorará vários aspectos de nossa vida. Não dá para voltar atrás, mas existem soluções. E elas começam com a consciência de que é possível conviver, se adaptar e melhorar nossa relação com esse avanço desgovernado. Como viver uma vida digital mais equilibrada:
Há muitas telas nos roubando tempo. Tempo este que poderia ser usado para aproveitar mais a vida. É possível se adaptar as mudanças proporcionadas pelo avanço da tecnologia e aproveitar melhor o que de bom ela proporciona. O post Não acredite no Instagram! É impossível ser feliz em todos os momentos da vida apareceu primeiro em Almanaque SOS. Não acredite no Instagram! É impossível ser feliz em todos os momentos da vida Publicado primeiro em http://www.almanaquesos.com/
0 Comentários
Enviar uma resposta. |